sábado, 30 de novembro de 2013

 

Tô exausto de construir e demolir fantasias. Não quero me encantar com ninguém.

 
_Caio Fernando Abreu
 

Só ele conheceu uma mulher corajosa que admitiu todos os medos, todas as neuroses, todas as inseguranças, toda a parte feia e real que todo mundo quer esconder com chapinhas, peitos falsos, bundas falsas, bebidas, poses, frases de efeito, saltos altos, maquiagem e risadas altas. Ninguém nunca me viu tão nua e transparente como você, ninguém nunca soube do meu medo de nadar em lugares muito profundos, de amar demais, de se perder um pouco de tanto amar, de não ser boa o suficiente. Só ele viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade, meu choro baixinho embaixo da coberta com medo de não ser bonita e inteligente. Só para ele eu me desmontei inteira porque confiei que ele me amaria mesmo eu sendo desfigurada, intensa e verdadeira, como um quadro do Picasso.  

_Tati Bernardi

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Então delete tudo aquilo que não valeu a pena. Quem mentiu, quem enganou seu coração. Quem teve inveja, quem tentou destruir você. Quem usou máscaras, quem te magoou, quem te usou e nunca chegou a saber quem realmente você é.

Caio Fernando Abreu

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Estou muito feliz. Por nada em especial. Por tudo que é especial. Mas, principalmente, porque sou uma ótima companhia para mim mesma… Cuido do meu tempo, respeito meus sentimentos e sei perceber aprendizados em situações aparentemente negativas. Aprendi a ousar e escolher rotinas novas, ritualizo fins e começos e, sobretudo, amo pessoas com transparência e verdade. Porque amo como quem não necessita, apenas porque escolhi que fosse assim.

Marla de Queiroz
E ele me parece um pedaço daquilo que a vida tem de mais charmoso. Ele não faz planos ou promessas, só surpresas, te ensinou a gostar de surpresas. Ele é diferente.
— Tati Bernardi.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

E eis que estou como o tempo, amanheço tranqüila e iluminada, mas logo lembro do ontem e me fecho em um total gris. 
_Renata Moura

QUATRO HISTORINHAS DA ALEGRIA

"(...)Sim, ele era encrenca, das boas.
(...)Eu sabia o que estava fazendo, ele também: estávamos fazendo uma coisa errada. 
(...) Gostei da luz, dos olhos dele. Gostei que estava me encantando, gostei de não poder me encantar e mesmo assim estar me encantando. 
(...) Apesar de todo esforço, meu poder era uma ilusão. Apesar do desprendimento, eu me enganava o tempo todo. 
(...)Nada de alegria, alegria. Ele fecha a porta e volta para sua vida real. Para os dois, porque ele não era egoísta: tristeza, tristeza. 
(...) Alegria, alegria. Eu me implorava. E dá para sentir isso o tempo todo? Eu me cobrava tanto ser feliz que às vezes perdia a noção de que já era. Fugir da felicidade ou fugir com ela? 
(...) Num ímpeto de tesão, ou talvez após um trabalho de consciência confusa que, por preguiça, acabava se decidindo impulsivamente, respondi ao e-mail dele: sim, senhor. Vamos para onde o senhor quiser, a hora que desejar e na posição que preferir. 
Nem todas as histórias precisam ter virgens pálidas chorando às margens de um mar de espumas. Nem tudo precisa ser romance tuberculoso. Alegria, alegria.
(...)A felicidade, assim como a bebedeira, vai e vem. A felicidade, assim como o sexo, entra e sai. A felicidade, assim como ele, era impossível. Mas não é pra tentar ser feliz que a gente vive?"

Tati Bernardi

terça-feira, 19 de novembro de 2013

"Também não vale a pena fingir um equilíbrio que eu não tenho."
_ Caio Fernando Abreu.
“Como mocinha romântica que sou, ainda que disfarçada de macho cínico, sempre achei o amor a coisa mais importante dos quatro cantos do universo”
— Tati Bernardi.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

“Ela tem um ar catastrófico, sensual e infeliz. Anda cabisbaixa e parece não saber direito onde pisar, para onde olhar, o que dizer.”
— Gabito Nunes

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Me disseram que não devemos falar sobre outras pessoas (leia-se: "casos") para o alguém que estamos interessados. Até aí é lógica. Até aí eu concordo. E assino embaixo. Pois bem, abrimos o jogo. Fulano, tenho interesse na sua pessoa. Fulano diz que sim, também tem interesse na tua pessoa. Atenção para um detalhe básico: isso, no fundo, a gente sempre sabe. Próximo passo, ambos têm interesse? Pronto, ótimo, resolvido. Peraí, resolvido? Que nada. Fulano é louco. Age feito um destrambelhado. Em alguns dias é doce, em outros um abacaxi daqueles bem ácidos. De algumas formas te envia sinais positivos, mas joga tudo pelo ralo com duas ou três frases mocorongas.

Realmente é complicado entender os homens. Falo isso pelas coisas que escuto e pelas minhas próprias experiências. Não entendemos direito o que eles querem, tampouco o que pensam. O mais incrível de tudo é que nos esforçamos para entender. Às vezes em vão. Porque o fulano em questão parece pouco se importar com o que dizemos. Ou pensamos. Ou sentimos. Ou tudo junto mesmo, num grande saco. Aquele saco que fulano joga pelo ralo.

Desesperar? Arrancar os cabelos? Jamais. Ok, de vez em quando a gente pira. Surta. O jeito é fingir que a gente nem liga, nem se importa. O problema é ficar com aquele sorriso gelado. E manter a postura. Porque dá uma vontade do cão de sair por aí quebrando tudo. Meter o dedo na cara do fulano e perguntar o que ele ta pensando da vida. E se ele realmente é louco ou só se faz.
Pleft! Joga o vaso na parede. E resolve o caso. Ou então bate a cabeça na parede. E resolve o caso. Ou sacode o fulano. Mas resolve o caso. 


_Clarissa Corrêa
— Que foi?
— Nada. (Paixão, solidão, amor, lição, trabalho, calor, frio, vento, sono, fome, coração partido, promessas, amizades, distâncias, angústia, vontade de chorar, quero um abraço, preciso gritar, minha mente está um bagunça, eu amo você.) Nada mesmo.

Caio Augusto Leite

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Não se engane com meu olhar doce, nem com a minha mania de espremer os olhos, quase fotografando o vento. Sou simples, mas o coração é sofisticado. Guardo certas belezas invisíveis e a feiura de gente sem emoção não apetece a embriaguez de minhas mãos atrapalhadas. Sou o inverso que não acomoda a rotina, não tranquilizo, sou uma espécie de metamorfose, uma rosa quase espinho. Sou a faca que corta a mentira, sou o beco da neurose perdida na exatidão. Exagero no sentir, meu alicerce aguenta. Fui moldada no aço, mas flutuo feito pluma. Sou o blefe, nasci sem etiqueta pro comodismo. Não enceno, escrevo. O papel é minha jogada, histórias são meus pretextos contra os males do mundo. Jogo o roteiro pra cima e corro pra pegar. Tenho pernas, mas ajo como se tivesse asas. Tenho pressa, mas prefiro chegar atrasada. Meu script é uma piada, minha vida é bem real.
_ Ju Fuzetto - Um Lugar ao Sol Perto do Vento
"A beleza não está nem na luz da manhã nem na sombra da noite, está no crepúsculo, nesse meio tom, nessa incerteza."
Lygia Fagundes Telles
Saudades de olhar Antares com voce..
Apenas seguir em frente. Primeiro, porque nenhum amor deve ser mendigado. Segundo, porque todo amor deve ser recíproco.

- Martha Medeiros

quinta-feira, 7 de novembro de 2013


E eu tenho esta vida que é toda minha. Absolutamente sob minha responsabilidade. E quando eu erro, às vezes, acabo acertando. Às vezes, termino arrependida. Mas eu tento, sempre tento. E avanço mesmo quando isto significa dar uma pausa e esperar. O tempo certo é o tempo do tempo mesmo. O que é melhor nem sempre é o que se anseia avidamente. Felicidade é uma bestagem dessas: matar saudade, matar a fome com aquilo que se tem vontade, perder o medo, conquistar um amigo, encontrar um amor, mas estar totalmente inteiro no lugar que se escolheu. E querer bem: a si, ao Outro, ao Mundo... Um bem-querer que inunda tudo. E sossegar nossas paixões para, quando tivermos de lançar mão delas, nos mover com voracidade em direção àquilo que se quer, porque é justo e merecido.

Marla de Queiroz

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Tolice esperar pelo "Príncipe encantado" no mundo de Maquiavel. 
_Marla de Queiroz

terça-feira, 5 de novembro de 2013

"Eu só vejo você enchendo minha vida de estrelas. Se você puder, não tenha medo. Eu sou só uma menina que voltou a ver estrelas. E que repete, sem medo e sem fim, a palavra estrela no mesmo parágrafo. Estrela, estrela, estrela. Zilhões de vezes."

domingo, 3 de novembro de 2013


Quando a gente se quiser novamente,
De novo a gente.
Quando a gente se entregar ao que sente,
A gente se querendo novamente.
Quando a gente,
De novo o novo
Novamente.

Marla de Queiroz

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

 

E lá vem você me olhar apaixonado e, no segundo seguinte, frio. E me falar para eu não sofrer e para eu ir embora e para eu não esperar nada e para eu não desistir de você

_Tati Bernardi

"Nesse circo chamado vida de solteira tem muito palhaço e pouco mágico."
_Tati Bernardi.