sábado, 29 de novembro de 2014

Eu vi em você toda minha suavidade e mal jeito. Vi minha banda preferida e todos os meus antigos amores em um só. Eu vi os meus melhores sorrisos, as minhas piores piadas, a minha mais profunda poesia. Vi minha maior saudade, moço, meu grito de paz, minha folga da rotina. Depois de você, o mundo inteiro mudou o tom, mudou a cor, mudou o cheiro. E a gente se reinventou, se reconheceu, se encheu da velha e boa fé da vida, quando entendeu que a busca pela felicidade se encontrava em um par de pupilas.

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domingo, 16 de novembro de 2014


"Aprendi a amar menos, o que foi uma pena, e aprendi a ser mais cínica com a vida, o que também foi uma pena, mas necessário. Viver pra sempre tão boba e perdida teria sido fatal." 
Tati Bernardi

domingo, 9 de novembro de 2014

Lá vem você, com esse riso dançante incendiando meus olhos. Tão seguro de si, tão perdido de mim. Exibindo a cova dos leões em bochechas doces. Me comendo em olhares vagos e soltos. Essa noite eu quero você, moço, roçando sua barba mal feita no meu pescoço e se perdendo nas ondas que meus cabelos fazem quando você insiste em me bagunçar. Fez tanta falta no cobertor, fez tanta falta no café que quase sobrei pela casa. Guardei planos e vontades pra você, meu bem, junto à inúmeras cartas de saudade. Hoje o que me ocupa é a voracidade com que teus olhos me fitam, em pensamentos sombrios e detalhados sobre a gente um pouco mais perto do que o costume.

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sábado, 8 de novembro de 2014


Realmente, o amor é masoquista. 
Você custa a lidar com o sentimento e custa mais ainda a seguir em frente, largar tudo para trás, mas é apenas uma escolha errada, um sim na hora que deveria dizer um não e cá estamos nós de novo, com o sentimento a flor da pele. 
Pensando em cada toque, pensando em cada abraço, pensando no olhar, no sorriso no intervalo de um beijo a outro. Somos verdadeiramente masoquistas, sofremos e sofremos por causa dele e ainda o queremos de novo.
_Renata M.P.

domingo, 2 de novembro de 2014

Abdiquei do cargo de moça, juntei textos, café e violão, e fui embora, num passo triste e descontente de quem muito quis cuidar e nada fez. Desculpa os erros até aqui, moço, desculpa os sonhos que eu compartilhei e você nunca quis vivenciar. Desculpa o mal jeito, a falta de elegância, o mal vocabulário e todo o drama preso em palavras, que eu te obriguei a ler. Desculpa o jeito torto, as frases tortas e as milhares de bobagens que disse até agora. Tanto quanto você, eu mereço ir embora, eu mereço largar tudo e voltar no dia seguinte, só por ter certeza, que aqui é mais seguro. Eu mereço pisar em ovos e correr esse risco todo que o mundo oferece, pra desfrutar dessa adrenalina desconcertada e consumista, que grita dentro do meu peito. Eu posso voltar amanhã, ou não voltar mais, moço. Porque entre tantas idas e vindas, meu coração cansou e minha razão comeu toda essa loucura, que eu chamava de amor.

-nb-