quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Eu me rendo aos excessos, à danças sem música, ao distúrbio intenso e extenso de poesia, em cada segundo que eu reparo teus olhos. Eu me rendo ao bom dia, a atmosfera 'primaverística' que é te ver sorrir, aos descasos, acasos e atrasos, que por ventura ou desventura, eu ainda pago pra ver. Eu me rendo a utopia dos dias de sol, mas quando fizer frio, eu me rendo a abraços inteiros, de corpos metade amor, metade verão. Eu me rendo a um universo de barba, carma e o cheiro excessivo de goiaba e apreço. Eu me rendo ao Chico, à Caetano, Bethânia e mais uma vez aos Strokes, eu me rendo a canções abraçáveis de um romance casual, porque é você que sussurra o afeto no final do dia. Você fica dai, rindo, com essa cara de quem nasceu pra mudar o mundo e eu fico daqui, estudando minuciosamente o quanto de mim cabe no contorno da tua silhueta.

-nb-

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Hoje me senti vulnerável. 
A ideia de ver você namorando era normal para mim, mesmo ainda existindo este sentimento oculto aqui dentro. 
Eu já estava conformada com a ideia de não ter mais além de pequenas conversas durante a aula. 
Mas saber que está só, moveu meu mundo, conseguiu colocar em minutos tudo em mim de pernas para o ar. 
Será que vai ser como antes? Ou desta vez acabou mesmo e ficou apenas o sentimento, a sensação das coisas boas que passamos?
Queria chegar perto de ti e dizer tudo isso, mas a simples ideia de repetir tudo, mais uma vez, me apavora.
Eu realmente estou vulnerável.
_Renata M.P.